E assim quando ele chega
Meu coração repleto e de peito sereno, o recebe
Minha cabeça nas nuvens
Laranjas
No alto eu me perco
Por tal geometria escolhida
Os pés que o chão não toca
O passo, cadarço, laço
Mãos de história pra dormir
Anéis nos teus dedos
Cabelos amarelos
Geografia perdida
Aritmética dos teus lábios
De sangue a terra se enche
Poesia encolhida por botões
Companheiro de casa
Suor e lagrima a piscina esvazia
E com tua companhia termino de limpar a cozinha