29/12/2015

E assim quando ele chega
Meu coração repleto e de peito sereno, o recebe
Minha cabeça nas nuvens
Laranjas
No alto eu me perco
Por tal geometria escolhida
Os pés que o chão não toca
O passo, cadarço, laço
Mãos de história pra dormir
Anéis nos teus dedos
Cabelos amarelos
Geografia perdida
Aritmética dos teus lábios
De sangue a terra se enche
Poesia encolhida por botões
Companheiro de casa
Suor e lagrima a piscina esvazia
E com tua companhia termino de limpar a cozinha

 

 

 

Títulos

E de casa tomada em cada esquina
Lajota e barro na parede
Piso partido e ladrilho quebrado
Cimento branco ou massa corrida
Água, pá e balde
Pedreiro perdido no serviço
Refinaria e alto padrão
Vida levada por arraso e tombo
Desconstrução
Puta, amiga, amante
Feiticeira ou bruxa
Mulher
Sem correção de virgula ou crase
Sem rima de alfabeto ou liras
Falta ainda plantar a base
Métrica sem milímetros
Poeminha modernista
09/12/2015